Dominação a três no BDSM

Ser dominado por dois Top é possível? Por Sacher.

Uma das perguntas mais comuns, pelo fato de parecer improvável, é um submisso servir a dois dominadores distintos, já que um pode desejar uma coisa e o outro desejar algo distinto e incompatível, uma grande bobagem, já que todos são jogadores e conhecem as regras e uma delas é o consentimento e isso vale para os Tops também.

Quanto os dominadores serem casados, a coisa é bem simples, dominadores que buscam outro na dominação para apimentar suas relações com submissos o fazem já com um script na mente e, portanto tudo já é antecipado, seja com o outro dominador ou com o submisso e existe um “quê” de exibicionismo ou simplesmente pura adrenalina em submenter seu escravo perante outro Top e para o botton é realmente um prazer dobrado, até um desejo em ser duplamente dominado.

Vamos supor algo incomum, um Top desejar dominar um botton que conheceu recentemente por alguma rede social e que já é conhecido de outro Top e para diversificar, vamos tratar de um casal de dominadores e o botton do sexo feminino, que é o mais provável acontecer.

A primeira coisa a se pensar é nas negociações dos três, primeiro o Top alfa, aquele quem tem a submissa e quem convidou o Top beta para seus planos, deve saber o que a submissa dele gosta e até onde ela pode ir. Sabemos que temos geralmente três níveis de dominação, uma mais estética, que é a bondage e aqui raramente precisam de 2 top, a outra é conhecida mais como

Dominação e submissão (D/s), uma das mais elásticas no que se refere a variedade de práticas e a terceira seria mais sessões se surras voltada para a erotização da dor com uma variedade limitada, mas não tão pequena, mas mais facilmente nominada e distinta e portanto vamos nos focar na D/s.

Quando se trata de submissas, encontramos um desejo maior nas pet plays, os meninos já preferem as praticas de despersonalização, serem tratados como serviçais ou objetificados, mas o grau de despersonalização onde envolve xingamentos varia por demais entre meninos e meninas subs, portanto faz-se necessário saber até que gral cada submisso agüenta. Em se tratando de Um Dom com uma submissa e sendo dominada conjuntamente com outra Domme é difícil essa Domme saber até onde ela pode xingá-la, humilhá-la ou ordenar e é de bom tom que ela apenas reforce os comandos do Dom, já que supostamente a

submissa ama ou tem um grande apreço com seu dono e portanto subentende-se que a submissa vai se submeter ao seu dono na frente de outra, ou para se exibir, e ai as coisas ficam mais divertidas, ou para demonstrar ao seu dono sua completa devoção ao se mostrar dele, mas nesse caso ficam inúmeras restrições quanto ao papel da Domme, que pode falar ou dar uma ordem que não tem nada haver com a fantasia do casal e ela ser desobedecida ou criar um anticlímax. Portanto quando o Dono xingar, a Domme reforça, exemplo: Dom: Ela é uma vadia. Domme: Realmente, uma piranha que nem merece minha atenção, não é submissa?

No caso do sadomasoquismo em si, onde temos a dor como foco, é fundamental que o Top tenha feito um relatório completo de sua submissa, analisado com cuidado todos os limites da submissa, o que ela não suporta para que depois a Domme não cause nenhuma lesão ou constrangimento nas suas ações, como por exemplo, desejar usar cani como punição e a submissa não suportar tal Prática, mas ai é algo bem objetivo.

Do mais, no geral, uma dominação nesses moldes tem que haver a concessão de todas as partes e a submissa deve ser mais ativa nas suas ações, caso ela trate seu dono beijando-lhe os pés isso deverá ser oferecido a Domme da mesma forma ou de uma maneira melhor ainda. Se ela aceita tapas na cara como forma de punição, aceitará da Domme e quanto a outro tipo de humilhação, como por exemplo, rastejar ou ser espancada, o melhor que a Domme faria é estimular dizendo: Muito merecido, mas faça mais um pouco ou, agora deixa-me mostrar como se faz.

Nada é perfeito, ninguém pode prever o resultado desse tipo de dominação a três, mas que faz parte do jogo e é muito excitante, isso é.