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O que as Dommes querem de suas Sissys

  • Sacher (contato: leopoldoverne@outlook.com)
  • 14 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Decidi escrever com o termo Sissy, não crossdressing, nem feminização porque o termo sissy já subtende que é um homem, que faz o possível para se apresentar-se como mulher no vestir e comportar-se e tem uma veia submissa e procuram mulheres como companheiras. Desde a década de 90 tenho me correspondido com Rainhas que tiveram relacionamento sério com Sissy, que freqüentavam os grupos do Yahoo, pré Orkut, pré facebook e que ainda hoje estão vivendo essa realidade e não pretendo citar nomes, somente os estados para mostrar qual era a realidade do que elas buscavam naquele época, o que não mudou muito nos dias de hoje e é o grande mundo no BDSM para ser explorado ainda, pois o preconceito ainda existe no século XXI.

Uma Domme do Rio Grande do Sul me falou um dia: “Para mim a inversão é a maior e mais completa demonstração de entrega de um submisso para mim...”. Nesse caso ela não se referia a Sissy, mas somente a prática de inversão. Na minha opinião pessoal não é a maior demostração de entrega somente a inversão, mesmo sabendo que no Brasil, um país machista, um homem ser invertido é realmente muito humilhante e esse ser fica a mercê de uma mulher dominadora, mas eu vejo que seria muito mais humilhante e degradante.

Para mim ser feminizado e portanto teria que ser feminização forçada,

mas isso no meu caso especificamente, pois pelos relatos das Dommes de outros estados o fato de seus escravos desejarem ser vestidos como mulher é para eles o grande desejo e prazer sem nenhum constrangimento e a questão da inversão é secundária. Para mim, essa é a maior forma de entrega e a maior demonstração de submissão, visto que passados mais de 20 anos as relações de fidelidade ainda existe e elas conseguem manter seus cativeiros com fila de espera para novos adeptos.

Inversão parece que está ligadas intimamente a Sissy, o que não é verdade. Para uma dominadora de Minas Gerais seu conceito de entrega tem outra conotação. Para ela o escravo Sissy é para ser usado como escrava nos moldes antigos, desumanizado ou objetificado, inclusive ela o coloca em castidade permanente, o que poderíamos chamar de castração mecânica, sendo que falando nos últimos anos atrás ele disse não precisar mais usar o cinto de castidade (CB60000s), pois não tinha mais ereção e portanto ele se definia assexuado.

Para uma dominadora de São Paulo é o contrário, ela se diz ser a melhor inversora do Brasil com mais de 20 anos de experiência, mas ela exige serviço completo, isto é, uma Sissy completamente depilada, se precisar ela mesma o depila com cera quente. Imaginando um homem como o Toni Ramos bem peludo, é claro que o masoquismo deva estar ligado ao prazer da dor, pois retirar todos os pelos com cera quente, nas nádegas, peito e membros causa uma dor alucinante, mas é isso que ela quer, maquiagem, roupas condizentes, lingeries e salto alto, para ter o prazer de despi-lo e currá-lo.

Uma dominadora do nordeste não faz questão de inverter sua Sissy, mas sim causar-lhe dor com seu chicote. Ela é extremamente sádica e até quando ela inverte por puro prazer, ela pode impedir que ele goze (Denial), justamente para mantê-lo à seus pés e trabalhando. Sim, trabalhando como empregada doméstica, ajudante geral e no que mais ela desejar.

Normalmente uma Sissy quer e tem prazer em servir, obvio que se um homem submisso deseja se entregar a uma mulher ele tem que ser útil e se sentir útil para elas e geralmente moram com elas, mas não necessariamente dormem juntos. A Sissy de MG dorme em outra casa, a do nordeste no quarto de empregada e a de São Paulo já teve as duas possibilidades. O fato é que embora possa parecer bastante atrativo ter uma Sissy a seus dispor, não é algo tão corriqueiro achar Dommes que aceitem e até incentivem essa prática. O fato é que a entrega é absolutamente devotada, elas se empenham completamente de corpo e alma para suas donas e são absolutamente fieis.

Como vimos, ser Sissy é algo que vem de dentro da pessoa, é humilhante e degradante? Quando está inserido no contexto do BDSM é puro prazer, isto é a Domme aceitar essa prática, que as pessoas a seu redor também aceite e, portanto ainda temos muito a escrever e divulgar para que o preconceito acabe. Depois da entrega a vida de uma Sissy varia entre prazer e sofrer, isso é inevitável, pois nem toda hora estamos desejosos de sofrer punições, que certamente virão para ajudar os desejos da Domme, já que ela quem define a função da Sissy e faz parte da prática Disciplina no BDSM.

 
 
 
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