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CrossDesser submissa.

  • Sacher (contato: leopoldoverne@outlook.com)
  • 15 de nov. de 2017
  • 4 min de leitura

Existem homens que desde pequenas sentem necessidades eróticas em servir uma mulher, mas vestido roupas femininas e se portando como mulher. Buscam algo mais radical, submeter-se literalmente no sentido da palavra, isto é, entregar-se totalmente a vontade de outra mulher e ficar à mercê de um outro alguém para ser humilhado, degradado, usado sem se preocupar com a sua própria satisfação pessoal, mas desejando o reconhecimento da pessoa a quem serve e com isso dar um sentido a sua vida. Essa pessoa tem esse prazer incompreendido por todos e para ele mesmo. Para ele o desejo é se entregar como escravo real e assim sentir-se vivo enquanto está servindo e se tudo isso acabar, perde-se a razão de viver.

Uma amiga de 48 anos de idade me confidenciou o desejo de ser uma Crossdresser submissa e foi casada como todo mundo com uma mulher, mas ao falar de seu desejo de se transvestir, foi completamente ignorada pela esposa, que não compreendeu seus desejos. Nas palavras dela desde criança se vestia com roupas da sua minha irmã escondida. Em 13 de outubro do ano passado (2016) fez uma montagem profissional pela primeira vez e daí nasceu a Kamylla, montada e feliz. Sua essência, seu desejo era servir como submissa a uma dona com personalidade dominante, enfim, uma dominadora.

A entrega a uma senhora dona absoluta do seu ser é totalmente espontânea e consensual, quase real e por mais que sofra ou seja humilhado está preso principalmente na própria realização, pois ele acredita que nasceu para ser escravo de uma mulher, mas sendo crossdresser.

Para se sentir totalmente realizado é necessário que esteja na condição feminina, usar roupas e adereços femininos, portanto uma mulher submissa. Quando ele se veste como uma mulher de forma perfeita sente-se seguro de si e por incrível que pareça em sua real posição de escravo e somente assim ele se sente livre.

Kamilla se transformou no Studio Crossdresser da Lizz e com make de Luh: “Foi tão mágico que fiquei mais alguns dias para participar da noite Rainha Cross. Saí montada no Arouche. Inexplicável a sensação. Algum tempo depois conheci pela net uma amiga de Sampa e fui até lá para conhecê-la. Ela é uma Domme e a química foi imediata. Passamos o final de semana inteiro junto e fomos outra Noite Rainha Cross. Depois fomos ao Dominatrix. Ela foi a pessoa que considero que iniciou”.

Somente ai que ela se sentiu totalmente livre de ser o que realmente é. Mas falta algo mais, alguém que a ame exatamente assim, que respeite. No caso dela, que se intitula “submisso(a) de alma” deseja se entrega para alguém verdadeiramente dominante e é o outro lado da moeda e ela teve uma dona e foi uma relação maravilhosa, envolvente e única. Moravam em cidades diferentes e distantes e certamente acredito para a dona isso era uma falta, já que ela esperava uma presença maior da submissa, mas mesmo assim foram levando a relação que acabou num certo afastamento pelo fato de morar longe.

Hoje Kamilla adoraria uma relação 24/7, embora não usa hormônios, ela depila-se sempre, usa roupas femininas e peruca. Ela sabe que haverá sofrimento, humilhação, degradação, mas mesmo assim terá a satisfação pessoal, pois é seu desejo.

É exatamente isso que um “submisso de alma” ganha na entrega a alguém dominadora, que é o outro lado do chicote, sente dor tanto física quanto psicológica, mas sem isso, manter-se na vida baunilha tranquilamente regida por direitos iguais, baseado no que aprendemos nesta sociedade hipócrita, usar roupas de homem, sem ser dominada, pode ter certeza que o sofrimento desta pessoa será mil vezes maior do que já colocamos acima. Para ele perde-se o sentido da vida.

Esse desejo vem de dentro como vimos e precisa ser respeitado como tal e mais ainda, precisa que a outra pessoa, no caso uma dominadora real, sem fantasias ou sem despotismo ou ainda, sem abusar da boa vontade de

Kamylla, o faça se sentir viva e plenamente posse e se tudo isso acabar, tem que partir para outra, porque uma coisa é certa, essa é uma via de mão única, sentir-se integrada a nossa sociedade BDSM e para isso temos as regras e normas que a faz sentir-se segura, pois do ouro lado, quando menos se espera, ambos, seja a submissa ou seja quem domina já estão numa dependência mútua e o amor surgirá, em outras palavras, ambos serão escravos da relação, estarão escravizados a este estilo de vida, onde um manda outro obedece, um humilha e o outro abaixa a cabeça e aceita sua condição de ser posse.

Por mais que o submisso sofra e seja humilhado ele está preso à esta vida sem opção e se pudesse sair, fugir, ele não faria porque ele nasceu para servir e se vestir como uma mulher e ele tem consciência disso e não há nada nem ninguém que vai mudar essa idéia, porque é assim que ele se sente realizado e sente seguro e por incrível que pareça em sua real posição de escravidão ele se sente livre.

Não há coisa melhor na vida do que termos a liberdade de sermos quem somos. Não há nada de mais gratificante no universo em sabermos que existe alguém que nos ama exatamente por sermos quem somos, que além de respeitar nossa essência. Um(a) submisso(a) alma quer se entregar para alguém de essência verdadeiramente dominante.

Escravidão real existe sim consensualmente nos moldes das regras do BDSM e é um caminho sem volta. Não é um mar de rosas, é tudo muito duro e pesado para ambos os lados, pois o ser dominante tem a responsabilidade de cuidar do bem estar de sua peça, as emoções do submisso passa por emoções muito intensas, mas quando faz parte da essência da pessoa escravizada é libertador. Kamylla que o diga.

 
 
 

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