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Irmão ou irmã de coleira

  • Sacher (contato: leopoldoverne@outlook.com)
  • 16 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Esse assunto é muito comentado nos chats e pouco falado nos grupos, porque é algo que gera muita ansiedade e polêmica, inicialmente pela definição, que seriam bottons que possuem o mesmo Top e geralmente vivem juntos na mesma casa ou compartilham o mesmo lugar das sessões. Mas somente isso não basta, pois temos exemplos de dominadoras que se orgulham em falar que possuem senzalas com 3 ou mais escravos fixos, mas nenhum desses escravos tomam conhecimento um do outros ou muito menos se vêem, dessa forma, para ser irmão ou irmã de coleira tem que conviverem juntos, se conhecerem e estar ativos conjuntamente com o Top.

Normalmente esse tipo de situação é esmagadoramente entre Tops masculinos e bottons submissas e mais raramente bottons de ambos os sexos, dificilmente vejo relatos em que uma domme refere ter bottons nesse tipo de regime.

O processo se inicia com um casal de Top e botton, que quando a relação BDSM já está madura o suficiente, o Top sente a necessidade de levar para casa mais uma submissa, por várias razões, ou porque essa outra trouxe coisas novas para a relação, novas habilidades, ou porque se conheceram e o Top se encantou. Muito raro que tenha partido do desejo da botton, a não ser que ela esteja se sentindo muito cobrada e não está dando conta das obrigações exigidas pelo Top. A relação obrigatoriamente deve ser dominação e submissão num contexto de 24/7. Dessa forma devemos advertir que o tipo de entrega poderá ser total (TEP) ou parcial (PPE), embora mesmo parcial, o Top mantém a hierarquia sobre suas peças.

O preparo psicológico de bottons que aceitam esse tipo de relação deve ser bastante preparado. Geralmente nesse contexto o Top elege apenas uma submissa como sub-alfa, que terá a hierarquia sobre as outras, mas sempre sob ordens e supervisão do Top. A sub alfa é a submissa mais preparada, com mais conhecimentos das técnicas, gostos e envolvimento com o Top, o que nos levaria a pensar que seria a mais antiga, ou a primeira posse e nem sempre é assim e por isso que temos que observar o preparo de cada uma mentalmente. Se o Top está com uma submissa por pouco tempo e conhece outra sub que tem domínio muito superior das teorias e técnicas em BDSM, que pode contribuir muito mais para seu reino ou que o Top se envolveu além da conta, ele pode muito bem colocar uma novata como sub alfa o que poderá disputas positivas, no sentido de quererem competir para ser a melhor ou inveja e querer tirar a harmonia da casa.

Seja como for, a ética pede que quem receba a outra peça, abra seu coração para que ela se sinta confortável e a que chega perceber o clima e buscar da mesma forma manter a harmonia já existente, saber ceder e dividir com respeito para com os sentimentos ali já existentes e desenvolvidos ao longo do tempo da relação. Trabalha juntas porque o objetivo primordial é a satisfação do Top, ampliar a obediência, a quebra de barreiras, a expansão de limites, a entrega e a submissão ao Dono.

Outra coisa importante é não haver fofocas ou exibir-se diante uma da outra, falar o que aconteceu entre 4 paredes em determinada sessão, já que cada pessoa vai trazer uma sensualidade diferente na relação e relatar o que foi é falta de caráter e discrição. Cabe ao Top também não provocar ou atiçar uma contra a outra, estabelecer regras e agir para que a harmonia seja mantida, que as ansiedades sejam contidas.

Quando o Top anuncia que vai trazer outra na relação é inevitável que a já existente pense logo que foi ineficaz ou incompetente e que vai perder seu posto, mas isso só vai ocorrer se ela não souber agir com sua irmã numa senzala.

 
 
 

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