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Universo Sugar não é BDSM.

  • Sacher (contato: leopoldoverne@outlook.com)
  • 20 de nov. de 2017
  • 4 min de leitura

Antes de fazer esse texto eu fiz uma extensa pesquisa conversando com quem já está no meio a muito tempo e ouvindo as opiniões dos praticantes do Sugar sobre o que esse universo se trata e o que eles esperam. Certamente não tem nada haver com o universo BDSM iniciando pela própria definição, pois sugar significa doce, agradável e BDSM e é o oposto do BDSM já que na definição é a erotização da dor, humilhações para se obter o prazer e necessariamente não se cogita tanto o aspecto da beleza do integrantes, até porque falar em belo para cada um terá um significado e definição, mas no universo sugar, pelo contrário, os Daddies e Mamies buscam justamente beleza, charme, elegância, postura e cultura.

Basicamente temos de um lado os homens e mulheres que já estão bem resolvidas na sua vida financeira e ocupam uma posição na sociedade que permita dar aos mais jovens uma oportunidade de curtirem juntos benefícios que somente essa classe mais abastecida poria desfrutar. Uma das orientações dos Daddy e Mamy para os baby é que no primeiro não peçam dinheiro, mas sim busque encontros para conversar e sentir alguma afinidade para que possa ter a exata certeza que é um(a) baby de verdade. Um Daddy de verdade sabe o quanto custa os preparativos da baby para um encontro. Mas quando se inscreve numa lista específica como Daddy ou Mamy é pedido sua renda mensal ou anual. A relação sugar tem como ponto de partida inicialmente discutir valores de investimentos e mimos. Mas por exemplo, o que eles colocam é que isso é algo natural de quem pratica, por exemplo, o Daddy precisa ser cavalheiro o suficiente e não esperar a baby pedir nada, mas ele mesmo suprir suas necessidades, senão seria um falso Daddy querendo sair com mulheres jovens e belas sem investir nada.

Jennifer Lobo é uma americana que possui o maior cadastro para esse tipo de prática e enfatiza em entrevista para Danilo Gentilli que é o tipo de relacionamento onde a mulher não precisa rachar a conta sendo que os babies recebem um tipo de “Patrocínio”. Os Daddies tem o dever de investir dinheiro na pessoa, não é só pagar conta de jantar ou de viagem.

Eles vão avaliar vários aspectos para desejar “patrocinar” babies, sutileza, delicadeza, beleza, presença de espírito, um bom papo, uma pessoa verdadeira e essencialmente bom humor, além disso, gentileza no modo de conversar, causar boa impressão e que goste de noitada são os ingredientes que vão atrair o patrocinador.

Geralmente é a baby que se desloca da sua cidade patrocinada pelo Daddy e estas despesas tem que ser combinado antes. O Daddy tem que ter orgulho de desfilar com a sugar baby, ela tem que se destacar das demais e além da aparência saiba se comportar, já q é um negócio. Durante os primeiros encontros pode ser avaliada muita coisa da baby, o grau de instrução, a escrita, gírias, a forma como expressa suas opiniões em palavras, o conhecimento que tem em geral, pois perfis podem ser fakes mas na conversa pessoalmente, dentre outras coisas não tem como se esconder. SXLLM​​Muitas baby recebem mesadas e jamais se coloca um valo, o patrocinador tem em mente as despesas dessa e uma idéia de quanto o patrocinado gasta por mês e quais são suas contas a pagar. O correto seria o patrocinador perguntar "Em que posso ajudá-la?" Esses patrocínios são estabelecidos nos propósitos que o Daddy procura. Bancar estudos, investir em um negócio próprio, bancar a casa, coisas supérfluas no sentido do que ele busca no mundo sugar.

O outro lado da moeda também tem exigências, o que os patrocinados (baby) procuram? Homem inteligente, maduro bem sucedido, que seja generoso, que tenha condições de "manter" sua Baby, condições de bancar boas viagens, belos mimos, e o que já falamos acima, que seja carismático, paciente, simpático, que agregue certos conhecimentos que possa ajudar no lado profissional. Observe que ninguém é inocente numa relação assim, embora não se pede nada no primeiro encontro, mas a orientação é que se peça aos pouquinhos. Quando há um relacionamento sólido, o Daddy já naturalmente fica sabendo da sua vida, suas necessidades, seus desejos. Ele pode ter a percepção de te dar o que você precisa (seja o que for) sem pedir ou não, expor seus desejos e necessidades faz parte do jogo. O ideal é que ele perceba os desejos da baby quando ela exponha sem que eu precise fazer muito esforço ou pedir. Nas conversas se conhece, pelos assuntos do que gosta do que não gosta, da onde gosta de ir da onde não gosta, saem para se conhecer melhor e lá no fundo sabem qual é o propósito do mundo sugar, uma relação tranquila, doce e de benefícios mútuos.

Outro assunto espinhoso é a questão do sexo. Assim como no BDSM não se coloca como uma condição ter ou não sexo, exceto em relações que já foi acordado entre os parceiros ou no desenrolar da relação, o universo Sugar também não existe esse objetivo inicialmente.

Conflitos existem e têm que ser resolvido no desenrolar da relação, a expectativa da baby pode ser grande e o Daddy não ajuda em nada, nem ao menos um mimo e convida para sair novamente e de novo e de novo... ficam dando uma de esperto, mas esquecem que uma das características da baby é justamente as inteligência e eles serão deletados.

O mundo sugar é a busca de uma companhia agradável e de benefícios mútuos, mas visualiza uma outra intenção dos Dadies, sair para transar é fim de relação imediata. Mundo sugar não é pra arrumar companhia e namoradinha fácil não... é benefícios MÚTUOS.

Muitos Dadies são casados. Querem fazer da baby amante e válvulas de escape.

Como ficou muito claro, isso nada tem haver com BDSM, mas é bom deixar isso bem claro.

 
 
 

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