Castidade Consentida

A castidade era visto na Idade média como uma obrigação religiosa, mas hoje isso não tem nada haver, a não ser pelo uso do cinto de castidade criação dessa época, embora era somente para as mulheres, pois eles tinham receio que as elas não resistiriam a tentação de fazer sexo, se fosse proibida e desejasse. Mas isso é história e ficou no passado. Hoje vemos essa prática por dois ângulos, como uma brincadeira erótica para apimentar um relacionamento amoroso entre

parceiros e outro, aqui muito mais presente, como uma prática ligada ao BDSM, diferente da Idade Média, quem procura usar o cinto de castidade são os homens, a ainda por vontade própria, e não por obrigação. Claro que temos a chamada castidade forçada, em que o Top vai exigir que o botton não tenha prazer sem seu consentimento como um castigo, quer dizer, sem que o botton curta ou deseje, mas tudo tem que ter o consentimento e, portanto não é realmente forçado.

O princípio desse jogo, ou prática erótica é justamente a negação ao prazer, isto é, considerando que o homem inicia seu desejo pela sua companheira numa excitação que vai crescendo a cada momento e que o auge do prazer erótico masculino se consolida na ereção seguida da ejaculação, seja pelo coito ou masturbação, o cinto de castidade impede a ereção e naturalmente a tentativa de manipular o pênis de forma que ele só pode chegar ao orgasmo ejaculatório se a sua parceira consentir, tirar o cinto, abrir o cadeado.

Essa proibição faz com que o sujeito fica cada vez mais e mais excitado, só o fato dele saber que não tem controle sobre seu prazer, excita mais ainda. Para casais baunilha é uma prática importante para mulheres que carecem de mais tempo nas preliminares, já que o homem é mais escitável e já quer o finalmente, com o cinto, ele vai seguir o tempo que a mulher desejar.

Ela terá o controle da hora da penetração. Já para os praticantes de BDSM é algo parecido, mas muito mais complexo e com outra conotação, pois ela terá como domar, castigar, controla o prazer do homem de forma total e nem sempre se consuma na relação sexual, pois tem muitas dommes que jamais transam com escravos, mas podem usar o sexo oral, com a advertência que se ela não chegar ao orgasmo, ele manterá o cinto até quando ela decidir.

O homem botton tem a excitação nessa prática já antes de ser colocado em castidade. Todos querem ter prazer, mas se esse prazer estiver na mão de sua dona, sua Top fica mais excitante, pois ela terá um poder real, controle total sobre o desejo e poderá manipular com mais destreza seu botton. Ele também ficará mais submisso e subserviente quando entrega a chave do cinto a sua dona.

Assim, ele fará de tudo para poder ser libertado. A dominação toma graus nunca antes imagináveis. Uma coisa é você ameaçar em castigá-lo caso não faça o que ela manda, pois ele pode pagar pra ver se o castigo foi suficiente e não obedecer, mas ser punido e acabou. Outra coisa é ter em mãos o poder de consentir seu prazer, podendo ficar meses na gaiolinha.

O cinto de castidade (Chastity Bell) pode ter modelos para mulheres e para homens, mas como a procura é essencialmente masculina, vou abordar apenas o conto para homens, até onde eu conheço na prática.

Ele consiste basicamente de uma pequena capa rígida que envolve o membro masculino inteiro até a região da virilha, onde se encontra uma espécie de anel, que fica atrás do saco escrotal e que suporta o cadeado, trancando o pênis. O saco fica entre o anel e o pênis.

O acessório é aberto em algumas partes para que seja permitido ao homem urinar e tem que ser sentado, pois senão vai espalhar urina por todos os lados e é impossível ele ter uma ereção, impedindo qualquer relação sexual ou masturbação.

Existe basicamente 4 tamanhos para ficar adaptado ao tamanho do pênis de quem vai usar, é importante que se ajuste perfeitamente, muito grande vai causar lesões quando ele fica solto demais batendo no acessório ou se ficar ereto e se for muito pequeno, traumatismo ao colocar ou retirar. Na hora da compra, escolha o tamanho certo.

A chave deve permanecer com o parceiro dominante, a liberdade vem apenas quando o outro permitir, já que esse é o propósito do jogo, mesmo que ele implorar não se deve ceder.

Os cuidados para que não haja problemas de saúde são simplesmente fazer uma boa higienização no pênis e saco,

juntamente com uma depilação previa, já que pelos pubianos pode enroscar no aparelho e causar dor insuportável, muitos casais optam por deixar o acessório o dia inteiro quando estão começando pela primeira vez. Convém conversar bastante com o outro antes de iniciar o uso porque tem que ter certeza do que está para vir.

Para não ter problemas com infecção, sempre lave com água e sabão, sem usar outros tipos de produtos e deixe tudo muito bem limpo após urinar.

Muitos relatam que com o cinto, seu desejo e libido aumentam, mas não é assim para todos, temos relatos que o uso prolongado por um tempo vai diminuindo a excitação.

O lado positivo disso é que toda energia libidinal não extravasada pelo orgasmo é transferida para as vontades e desejos da dona, portanto o sujeito se torna mais dócil,e submisso, sua entrega é maior e dedicação as tarefas mais concentrada, quer dizer, uma total submissão com a baixa da libido.

A libido não extravasada causa tesão que vai crescendo gradualmente ao longo do tempo, tendo seus momentos de pico e queda. Nessa hora temos que referir os aspectos psicológicos que vão e assemelhar ao sub drop. O sujeito fica hiper sensível, mais agressico e irritadisso, chegando a depressão.

A tensão é muito grande e nessa hora é importante a dona fazer agrados e elogios, dar um conforto psicológico e não provocar ou ironizar a situação, pois o resultado pode ser inverso do esperado.

Já na semana seguinte e situação tende a se acomodar, nosso psicológico fica mais conformado e nossos pensamentos desviam para coisas concretas ligadas as dominação em si, sem pensar na recompensa da ereção. A excitação sexual fica mais sensível que o habitual, facilitando a dona provocar excitação com muito menos recurso que antes e isto se

dá porque quando o homem é privado do orgasmo, seus hormônios começam a agir de maneira que qualquer estímulo seja mais prazeroso até então, eles falam que estão “subindo pelas paredes” de tanto tesão acumulado necessitando ejacular e normalmente os escravos tem a permissão de se masturbar apenas quando se cumpre o objetivo estipulado pela dome antes da colocação do cinto. Ela ajuda nesse momento a relaxar seu escravo e tenta tirar toda tensão da negação ao orgasmo pelo cinto. Quando é liberada a retirada da castidade é sempre descrito como um momento mágico de glória, de muita euforia e a gratidão máxima pela sua dona que permitiu ele sair do encarceramento e o mais profundo prazer.

Porém, quando não é permitido que você se masturbe por conta de um castigo, a excitação ao invés de diminuir, aumenta e muito, fazendo com que os hormônios fiquem a flor da pele e aumentando o desejo, respeito e devoção por ela, já que é ela que pode dar o momento da libertação. A castidade masculina será mantida até que todas as vontades do portador da chave sejam feitas e então este resolva libertar demonstrando no sofrimento do condenado o seu real poder, ter nas mãos a possibilidade de dar ou recusar um prazer. Saber que será solto apenas sob a condição de aprovação do outro é o máximo de submissão e você cria grandes expectativas e os desejos aumentam até o momento da ejaculação, uma vontade que fica maior a cada dia preso.

Para aquecer o jogo, temos os castigos, a punição dentro do castigo, por exemplo, quando a dona da chave te excita, manda fazer algo que você não fez, então ela recusa sua libertação por mais um dia, uma semana ou um nês. O desejo aumenta tanto que o momento da ejaculação será espetacular. Muitos casais optam por excitar um ao outro e depois negar as vontades do aprisionado, assim ele ficará mais um dia em plena expectativa, estes garantem que o resultado é o melhor possível no momento da ejaculação. É uma das formas da dominação e submissão trabalhar com o controle psicológico do parceiro sem que haja, necessariamente, dor física ou humilhação.

Servem como uma forma de controlar o comportamento masculino, bloqueando fisicamente a possibilidade de relações sexuais ou masturbação.

A prática também aumenta a seriedade de um relacionamento com sua dona capaz de punir seu sub negando não só o sexo como a capacidade de ter um orgasmo e ao mesmo tempo coloca muita responsabilidade na mão do proprietário da chave, em alguns casos mais sérios uma gaiola defeituosa ou mal colocada pode causar ferimentos graves.

Eu comecei usando o modelo Cinto de castidade masculino CB-6000s há uns 5 anos atrás e é feito de policarbonato resistente e leve e tem a gaiola ventilada por ranhuras para secagem rápida. A abertura inferior permite uma fácil utilização no mictório. Os anéis de superfície lisa, vêm em 5 tamanhos: 1,5", 1 5/8", 1,75", 1 7/8" e 2" (cada medição é de diâmetros).

Gaiola: O comprimento é 3,75" (10 cm), com um diâmetro interior de 1 ⅜".

4 Pinos bloqueáveis; 4 espaçadores; 1 cadeado de latão com 1 chave; 5 lacres plásticos numerados (seguros contra detectores de metais).

Use um lubrificante de silicone após o banho para permitir que o seu pênis entre facilmente no cinto.

Quando você acostumar, será capaz de usar o CB-6000 por períodos de tempo cada vez mais longos, até que você possa atingir o objetivo final de vesti-lo por meses.

Higienizar com água fria e sabão neutro, antes e após o uso. Recentemente eu comprei um cinto feito de aço inoxidável com um cateter uretral de silicone, o modelo Steel Werk CC068c, Cinto Castidade Masculino Anti Off / Anti Escape + Sonda Uretral Pequeno. Tem as mesmas características, mas é detectável em detectores de metal, mas facilita a micção devido o cateter, que tem uma tampinha rosqueada para abrie e fechar na hora de urinar.

Passo a relatar a minha experiência pessoal com o uso do cinto de castidade em minhas práticas.

Depois de colocado com todos os cuidados já mencionados, tive problemas com as ereções noturnas. Todos perguntam se dói o cateter? De forma alguma, ele é feito justamente para dar o conforto. Dói para retirar. Na primeira vez que usei não consegui dormir direito porque acordava com dor quando tinha ereções noturnas

dormindo, mas percebi depois que eu acordava, batava urinar que aliviava e fui lentamente me acostumando e buscando um jeito de fazer o pênis amolecer, pois o cinto é justamente para que não tenha uma ereção e vi que só precisava urinar.

O tesão que dá é saber que tem uma pessoa com total controle sobre mim. Esse tipo de coisa me excita. Castidade é uma extensão disso. Nunca fui adepto de outra forma de restrição como o bondage.

Para mim não tem graça nenhuma ficar amarado ou restrito, não acho algo sexy, mas ter um cinto a todo o momento do dia e noite e ninguém saber, isso sim é demais.

Tem seus lados problemáticos. Tenho que urinar sentado dá muito trabalho limpar depois. Tem que limpar todo dia, aparar os pelos para o aparelho não puxar.

Vejo como uma forma de castigo ou presente para a dona dando o meu prazer na mão dela, que tem total controle sobre a minha sexualidade. E o sexo passa a ser visto como uma espécie de presente. Tirar a minha capacidade de decisão sobre o uso meu prazer me deixa num estado de excitação permanente.